Seis pessoas, incluindo um bebê de cerca de dois anos, morreram em frente a uma praia turística no sudoeste do Equador durante um ataque armado com fuzis. Outras três pessoas ficaram feridas, informou a polícia neste domingo (28).
O ataque ocorreu na cidade de Puerto López, na província de Manabí, destino turístico popular para a observação de baleias. O atentado aconteceu em meio a uma onda de violência neste fim de semana que deixou ao menos nove mortos, segundo a imprensa local.
Por volta das 9h locais (11h de Brasília), vários homens armados com fuzis automáticos, que se deslocavam em uma caminhonete e duas motocicletas, chegaram ao calçadão da cidade e abriram fogo contra um grupo de pessoas que se encontrava no local.
Após os disparos, os suspeitos fugiram, disse o coronel William Acurio, comandante da polícia na região. A polícia ainda investiga o paradeiro dos criminosos e as circunstâncias do ataque. Uma das motocicletas usada no crime foi abandonada e posteriormente encontrada pelas autoridades.
As primeiras investigações apontam para “disputas internas entre estruturas criminosas”, indicou a polícia em comunicado.
O presidente do Equador, Daniel Noboa, defende uma política linha-dura contra o crime organizado e declarou o país em conflito armado interno contra os grupos criminosos.
Porém, quase dois anos após a militarização do país, a violência não cessa. As chacinas e confrontos armados em bairros e espaços públicos são habituais, e o país encerrará o ano com uma taxa de homicídios recorde de 52 por cada 100 mil habitantes, segundo o Observatório do Crime Organizado.
O Equador ganhou protagonismo no narcotráfico internacional por sua localização estratégica, como porta de saída da cocaína colombiana e peruana que é vendida na Europa e nos Estados Unidos.




