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Peru dará coletes à prova de balas a candidatos de eleição – 03/12/2025 – Mundo

A autoridade eleitoral do Peru fornecerá coletes à prova de balas aos candidatos à Presidência antes das eleições de abril, após uma série de ataques contra políticos no país andino.

Roberto Burneo, presidente do Júri Nacional Eleitoral do Peru, anunciou a medida nesta terça-feira (2) e disse temer que a eleição de 2026 seja mais perigosa do que a de 2021, quando foram registrados cerca de 50 incidentes violentos.

“O que queremos é prevenir e identificar riscos”, disse Burneo. “Não devemos poupar esforços, mesmo que isso signifique recorrer ao extremo de usar coletes à prova de balas.” Ele afirmou que os funcionários eleitorais também receberão os equipamentos de proteção. Não ficou explicado, no entanto, se os candidatos a cargos inferiores também devem ter acesso aos coletes.

Em 12 de abril, os eleitores peruanos elegerão o presidente, dois vice-presidentes e 190 deputados para o parlamento bicameral. Cerca de 39 partidos ou coligações políticas devem apresentar candidatos até 23 de dezembro, um aumento em relação aos 18 de 2021.

De acordo com uma pesquisa do Ipsos Peru divulgada no último domingo, nenhum dos atuais candidatos à indicação presidencial conseguiria mais de 10% de apoio, e um segundo turno está previsto para 7 de junho.

Ainda nesta terça, Rafael Belaunde, um pré-candidato à Presidência pelo partido liberal Liberdade Popular, foi alvejado em seu veículo em Lima, o que o levou a revidar. Burneo afirmou ter solicitado ao governo, na terça, a agilização dos protocolos de segurança eleitoral após o ataque a Belaunde.

Belaunde declarou a jornalistas, nesta quarta, que acreditava que o ataque se tratava de um crime de rua, e não de uma ação política. Ele disse que estava resolvendo assuntos pessoais e não em campanha no momento do ataque. “Não podemos normalizar a violência“, afirmou.

Percy Ipanaque, candidato a deputado pelo partido de esquerda Juntos pelo Peru, foi assassinado a tiros na sexta-feira por supostos pistoleiros no norte do Peru. O país possui um cenário político tumultuado, com sete presidentes em sete anos, vários dos quais estão presos.

O atual presidente, José Jeri, que assumiu o cargo em outubro, substituindo a impopular Dina Boluarte, decretou estado de emergência logo após tomar posse, numa tentativa de conter a insegurança, que, segundo pesquisas de opinião, é a sua maior preocupação.

Fonte: Folha de São Paulo

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