O gabinete do primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, afirmou em comunicado nesta terça-feira (2) que suas forças em Gaza receberam o que descreveu como “achados”, que serão levados a Israel para análise forense. Segundo o grupo terrorista Hamas, trata-se dos restos mortais de um dos dois últimos reféns mortos que ainda permaneciam na Faixa de Gaza.
Os corpos que ainda permaneciam em posse do Hamas eram do policial israelense Ran Gvili e do cidadão tailandês Sudthisak Rinthalak, ambos sequestrados durante os ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023.
O Comitê Internacional da Cruz Vermelha atuou como intermediário durante toda a guerra, ajudando a facilitar a libertação de reféns e a entrega de restos mortais.
Desde o cessar-fogo, o Hamas libertou todos os vivos e entregou 26 corpos, além deste recuperado na terça, conforme os termos do cessar-fogo. Em troca, Israel soltou quase 2.000 palestinos e devolveu centenas de corpos.
Ainda nesta terça-feira, um ataque aéreo israelense matou um palestino identificado pelas autoridades de saúde locais como o jornalista freelancer Mahmoud Wadi, em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza.
Um alto oficial militar israelense disse à Reuters que Wadi havia participado dos ataques do Hamas em outubro de 2023, citando fotos. A Reuters não pôde verificar de imediato, de forma independente, a versão do oficial.
Outro jornalista palestino ficou ferido no ataque israelense, segundo autoridades de Gaza.
A violência diminuiu desde o cessar-fogo de 10 de outubro, mas Israel continuou a bombardear Gaza e a realizar demolições contra o que afirma ser infraestrutura do Hamas. A facção terrorista e Israel trocam acusações de violar o acordo apoiado pelos Estados Unidos.
Pelo menos 357 palestinos foram mortos desde que a trégua entrou em vigor, segundo autoridades de saúde de Gaza. Palestinos mataram três soldados israelenses nesse período, disseram autoridades israelenses.
O Comitê de Proteção dos Jornalistas (CPJ) afirmou ter documentado 201 jornalistas e trabalhadores da mídia mortos em Gaza, Israel e Líbano, onde a guerra se espalhou pouco após o ataque inicial de 2023.
Entre os mortos estavam jornalistas que trabalhavam para a Reuters. A contagem inclui 193 palestinos mortos por Israel em Gaza, seis mortos por Israel no Líbano e dois israelenses mortos no ataque de 7 de outubro.




