O número de pessoas confirmadas como mortas na ofensiva de Israel na Faixa de Gaza ultrapassou a marca de 70 mil informou o ministério da saúde do enclave neste sábado (29).
Um total de 301 pessoas foram adicionadas ao número de mortos desde quinta-feira (27), elevando-o para 70.100, acrescentou o ministério, controlado pelo grupo terrorista Hamas. Dois morreram em ataques israelenses recentes, o restante foi identificado a partir de restos mortais enterrados há algum tempo nos escombros, segundo o comunicado.
As forças militares de Israel, que negam ter como alvo civis desde o início do conflito há mais de dois anos, ainda não comentaram o anúncio dos números.
Autoridades israelenses questionam a precisão dos números de Gaza, acusando o Hamas de exagerar os dados, acusações que o grupo nega.
O bombardeio de Israel em Gaza — desencadeado pelo ataque terrorista do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023 — deixou grande parte do território em ruínas, dificultando a coleta de informações precisas sobre as vítimas.
Nos primeiros meses da guerra, as autoridades contabilizaram corpos que chegavam aos hospitais e registraram nomes e números de identidade.
Nas fases posteriores, as autoridades de saúde de Gaza afirmaram que adiaram a inclusão de milhares de mortes relatadas no número oficial até que verificações forenses, médicas e legais pudessem ser feitas.
Desde que um frágil cessar-fogo entrou em vigor em 10 de outubro, o número de mortos relatado continuou subindo constantemente, à medida que as autoridades locais aproveitam a relativa calma para procurar corpos nos escombros.
A Gaza pré-guerra tinha estatísticas populacionais robustas e melhores sistemas de informação de saúde do que na maioria dos países do Oriente Médio, disseram especialistas em saúde pública à Reuters.
A ONU frequentemente cita os números de mortes do ministério da saúde e afirma que são credíveis.




