O Secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, disse neste domingo (2) que militares americanos realizaram um ataque contra uma embarcação operada por uma organização de tráfico de drogas no Caribe, matando três homens a bordo.
A operação, ordenada pelo presidente Donald Trump e executada em águas internacionais, teve como alvo uma embarcação conhecida por transportar narcóticos em uma rota de contrabando, sem que nenhuma força americana fosse ferida, publicou Hegseth em seu perfil no X.
O Comando Sul das Forças Armadas dos Estados Unidos (Southcom, no acrônimo em inglês), responsável pelas atividades militares de Washington na América Latina, publicou nos últimos dias em sua conta, no X, imagens que mostram fuzileiros navais atirando com metralhadoras e outros equipamentos durante treinamento no mar do Caribe.
“Fuzileiros navais realizam operações de tiro real em embarcações no mar do Caribe. As forças militares dos EUA estão destacadas no Caribe em apoio à missão do Southcom, com operações dirigidas pelo Departamento de Guerra e que são prioridade do presidente para interromper o tráfico ilícito de drogas e proteger a pátria”, afirmou a unidade na quinta (30), referindo-se ao Pentágono pelo nome com o qual Donald Trump quer rebatizá-la.
Os EUA realizam ações militares em águas internacionais há quase um mês, intensificando as tensões com a Venezuela. O número de mortos por bombardeios de Washington no Caribe e no oceano Pacífico contra supostas embarcações com drogas já passa de 60.
Governos da região, opositores e especialistas jurídicos criticam as atividades e apontam ilegalidade, já que o direito internacional não permite ataques contra pessoas que não ofereçam perigo iminente a não ser que se tratem de combatentes inimigos em um contexto de conflito armado —do contrário, seria apenas assassinato.




