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Como cera de ouvido pode ajudar na detecção precoce do câncer

Estudo conduzido pela UFG (Universidade Federal de Goiás) revela que a cera de ouvido pode trazer resultados promissores para antecipar o diagnóstico de risco de câncer

De acordo com as evidências, a cera acumulada no ouvido tem valor científico que pode indicar alterações de saúde antes do surgimento do tumor.

A importância deste ganho científico, segundo o doutor em química João Marcos Gonçalves Barbosa, está na luta contra o relógio. “Tempo é um fator crucial no diagnóstico de câncer. Quanto mais precoce a manifestação oncológica é detectada no organismo, maiores são as chances de uma intervenção clínica que leve à remissão completa da doença tumoral.”

Respostas para outras doenças

Idealizado há dez anos pelo professor Nelson Roberto Antoniosi Filho, o projeto Cerúmen tem proporcionado conquistas promissoras para o futuro de tratamentos não apenas do câncer, mas também de doenças como o diabetes. “Tal projeto busca desenvolver abordagens diagnósticas inovadoras utilizando o cerúmen para abordar doenças metabólicas e se encontra em fase de desenvolvimento para outras doenças neurodegenerativas”.

A iniciativa, que recebeu menção honrosa no Prêmio Capes de Tese 2025, é realizada em parceria com o Hospital Amaral Carvalho, em Jaú (SP), especializado no tratamento do câncer.

Barbosa ressalta que o método abre novos caminhos para a medicina científica e amplia o conhecimento na investigação da doença. “A relevância científica e social do trabalho é evidente no impacto direto que o método desenvolvido pode levar ao bem-estar e à saúde da população, já que envolve estratégias de diagnóstico precoces e acessíveis para uma das maiores causas de mortalidade do mundo, o câncer”.

Testes indicam precisão no diagnóstico

O estudo coletou amostras de cera de ouvido de 751 voluntários. Desses, 220 não tinham diagnóstico de câncer e, em cinco casos, a análise identificou substâncias atípicas que serviram como indícios da doença.

Esses cinco voluntários foram submetidos a exames convencionais que, posteriormente, confirmaram o diagnóstico de câncer.

Os outros 531 participantes já estavam em tratamento oncológico. O teste da cera de ouvido conseguiu identificar a doença em 100% deles.

Fonte: TNH1

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