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Famílias cobram respostas um ano após acidente na Coreia – 29/12/2025 – Mundo

Um ano após o pior desastre aéreo em solo sul-coreano, familiares das 179 pessoas que morreram se reuniram nesta segunda-feira (29) ao redor do danificado muro de concreto onde o voo 2216 da companhia Jeju Air caiu, exigindo respostas e uma investigação minuciosa.

Centenas de pessoas cercaram o local no Aeroporto Internacional de Muan onde o Boeing 737-800 fez um pouso forçado sem o trem de pouso acionado, colidiu com a barreira e explodiu em uma bola de fogo em 29 de dezembro de 2024.

Parentes dizem estar indignados com a falta de progresso em descobrir o que ocorreu naquele dia. Eles fizeram uma homenagem acendendo velas em um bolo e cantando feliz aniversário para as 16 vítimas que eram nascidas em dezembro.

“Não vamos parar até que a verdade seja finalmente revelada e os responsáveis sejam responsabilizados para que as vidas das 179 pessoas não tenham sido perdidas em vão”, disse Kim Yu-jin, representando as famílias em uma cerimônia no aeroporto.

Dirigindo-se aos enlutados, autoridades governamentais e ao presidente do Parlamento, Kim acusou o governo de concentrar suas energias em atenuar as consequências do acidente em vez de realizar uma investigação adequada.

Parentes depositaram flores em um altar e observaram enquanto os nomes dos mortos eram lidos e exibidos em uma tela, escritos em cartões em forma de bilhetes de embarque.

“Espero que a investigação seja conduzida minuciosamente, para que aqueles que merecem ser punidos sejam punidos”, disse Ryu Kum-Ji, que perdeu os pais no acidente.

O presidente Lee Jae Myung —que assumiu o cargo seis meses após o desastre— pediu desculpas às famílias em um comunicado nesta segunda-feira e disse que era seu dever garantir que não houvesse repetição da tragédia.

“O desastre revelou claramente os problemas sistemáticos e limitações da nossa sociedade”, disse Lee. “O que é necessário agora não são promessas perfunctórias ou palavras vazias, mas sim mudança real e ação.”

O Conselho de Investigação de Acidentes de Aviação e Ferrovia, liderado pelo governo, não cumpriu o prazo de um ano para divulgar um relatório sobre o acidente.

Em um relatório preliminar em janeiro, afirmou que ambos os motores do avião sofreram colisões com pássaros em uma aproximação anterior ao aeroporto.

Em julho, investigadores disseram que a turbina esquerda, que sofreu menos danos que a direita após as colisões com pássaros, foi desligada antes do pouso forçado.

Poucos outros detalhes surgiram desde então, com questões pendentes sobre o projeto da pista, incluindo o muro, e quais ações os pilotos podem ter tomado nos últimos minutos do voo.

Representantes das famílias levantaram questões sobre a autonomia e conhecimento técnico do conselho e disseram que os investigadores parecem estar culpando os pilotos em vez de investigar outros fatores. O Parlamento analisa um plano para reformular o órgão .

Fonte: Folha de São Paulo

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