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EUA: Ex-procuradora do caso Epstein processa governo – 15/09/2025 – Mundo

Maurene Comey, ex-procuradora federal que atuou no caso do magnata Jeffrey Epstein e de sua cúmplice Ghislaine Maxwell, processou nesta segunda-feira (15) o governo de Donald Trump após ter sido demitida de forma repentina em julho. Filha do ex-diretor do FBI James Comey, adversário declarado do republicano, ela afirma que sua exoneração foi motivada por razões políticas ligadas ao histórico do pai.

Na ação apresentada no tribunal federal de Manhattan contra o Departamento de Justiça e o Escritório Executivo da Presidência, os advogados de Maurene afirmam que não houve justificativa oficial para a decisão. Segundo a petição, a demissão ocorreu “exclusiva ou substancialmente porque seu pai é James B. Comey”. O Departamento de Justiça disse que não comentaria o caso.

Procuradora durante dez anos no Distrito Sul de Nova York, Maurene Comey atuou em processos de destaque. Em 2021, integrou a equipe responsável pela condenação de Ghislaine Maxwell por tráfico sexual de menores ligado a Jeffrey Epstein. Mais recentemente, ajudou a determinar a condenação do produtor musical Sean “Diddy” Combs por transporte para fins de prostituição, em julgamento que terminou no fim de junho.

Duas semanas depois do veredicto contra Combs, em 16 de julho, Maurene recebeu um email do departamento de recursos humanos do Departamento de Justiça informando sua demissão. O comunicado citava apenas o Artigo 2 da Constituição dos EUA, que define os poderes do presidente, sem apresentar motivo específico.

Em seu processo, a ex-procuradora diz que sempre recebeu avaliações positivas, incluindo uma feita em abril deste ano assinada pelo procurador Jay Clayton, indicado por Trump para chefiar a Procuradoria de Manhattan. Questionado por ela sobre a demissão, Clayton teria respondido apenas: “Tudo o que posso dizer é que veio de Washington.”

Na ação, Maurene pede para ser reintegrada ao cargo. O caso deve abrir nova frente de tensão entre a administração Trump e críticos que acusam o governo de interferir politicamente no Departamento de Justiça.

Fonte: Folha de São Paulo

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